Vergonha

Vergonha da lama em que se vive todos os dia,
Vergonha do tempo perdido sem evoluir além a medida,
Vergonha na busca da felicidade que a boca dita,
Vergonha é o centro do clichê da mixaria,
Redundância da "clicharia" no amor que nada significa,
Redundância na opinião que nada diz na sua importância,
Redundância na ignorância de sermos humanos irrelevantes,
Redundância na vergonha de perceber a verdade e sentir que todo o resto foi mentira...

Sorvete com você

Melado derretido, som da tua voz,
Creme de morango, tom de cor do teu batom,
Marca dos lábios que em meu pescoço cola,
Como melaço do gelado que suja a roupa,

Uma Coke com você, pra não ficar sem te ver,
Um sorvete com você só pra o quão sexy tu és,
Esse olhar curioso como criança com um pote de balas,
Não nego que me divirto quando te embaraças,

É amor com valor mas sem preço fixo,
É amor retribuído sem favor, não há prejuízo,
É a jaula que prende a alma mas liberta o coração,
É tudo que é sim mesmo dizendo não,

É sim medo de te perder, é sim vontade de te ter,
É pensar numa vida a dois e imaginar com você,
É ver o caos que é a vida e saber que vais organizar,
É ver o fim da linha e ter certeza que te encontro lá...

Tragédia

Poucas coisas são tão ridículas como o amor camuflado pela paixão; o pior de tudo é que ele nunca foi cego, apenas distorce as coisas.

É algo que não se pede, controla ações e pensamentos usando força seguida duma auto-desonestidade anormal.

O amor apela pelos instintos mais baixos envolto em mentiras; é vergonhoso o que ele nos torna, rodeados de sentimentos que nos aprisionam aos outros.

O amor é o que mais cobra e menos retribui...
O amor é insano como a mente desvairada de quem acredita nele...